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Comunicado de Início de Greve de Fome Indefinida

Reproduzimos a seguir, a oito dias de iniciada, comunicado de greve de fome líquida e indefinida por parte de três prisioneiros políticos mapuche. Fazemos um chamado à solidariedade sem fronteiras com quem luta pelo território dentro e fora dos muros das prisões.

Desde a prisão política em Wallmapu cumprimentamos ao nosso povo-nação Mapuche, a nossas autoridades tradicionais, pu peñi, pu lamien(1), ao povo chileno e aos distintos povos em luta contra o capital e a depredação do itrofilmongen(2)
Os presos políticos Mapuche, recluídos na penitenciária de Lebu, Cesar Millanao Millanao, Orlando Saez Ancalao, Óscar Pilquiman Pilquiman e o preso político Mapuche recluido na penitenciária-empresa CCP Biobio, de Concepción, Emilio Berkhoff Jerez, viemos comunicar o seguinte:
Desde o dia de hoje, terça-feira, 28 de junho do presente ano, começamos uma greve de fome líquida indefinida, cujos objetivos são:
A transferência imediata ao Centro de Estudo e Trabalho (CET) de Cañete, aos peñi César Millanao, Orlando Saez e Óscar Pilquiman, já que os três peñi contamos com o tempo e requisitos exigidos para esta transferência e a negação constante da Gendarmeria(4) obedece exclusivamente a uma política racista e contra-insurgente de parte do estado do chile, onde se busca castigar duplamente aos Weichafe(3) Mapuche com a prisão política e a impossibilidade de avançar na reinserção e retorno a nossos Lof. Da mesma forma denunciamos a atitude servil a essa política da psicóloga da penitenciária de Lebu, Roxana Jara, que com seus relatórios maliciosos foi a disculpa para impedir a transferência dos peñi recluídos em Lebu.
Igualmente exigimos a transferência imediata do preso político mapuche Emilio Berkhoff, desde a penitenciária-empresa CCP-Biobio de Concepción, para a penitenciária de Lebu, em conta de nossos direitos de estar mais perto de nossas famílias enquanto cumprimos as condenações impostas pelos tribunais a serviço das empresas florestais. Entretanto, Gendarmeria escudada em seus relatórios de inteligência, negou este direito ao peñi, começando assim uma política de dispersão dos PPM, ao distanciar-los ainda mais de sua família e Lof(5).
Tendo esgotado todos os procedimentos legais e frente a negação constante da Gendarmería, sua direção regional a cargo do coronel Pedro Ferrada, é que decidimos nos mobilizar, para conseguir que se respeitem nossos direitos consagrados, inclusive na própria legislação chilena e assim como peñi, podamos nos aproximar a nossos Lof e famílias.
Fazemos um chamado a nosso povo, aos Lof em resistência, aos peñi e lamien conscientes, ao povo chileno subversivo e consciente a apoiar-nos com todas as formas de luta e protesto em nossa mobilização e assim parar a política de repressão que se vive hoje nas prisões chilenas contra os Weichafe.
Uma saudação fraterna aos presos políticos Mapuche recluidos nas distintas prisões do Wallmapu, cumprimentamos à comunidade Wechun que iniciou a recuperação definitiva de 13 ex assentamentos cora Lleu-Lleu(6).
Nem inocentes, nem culpados, menos arrependidos no caminho do Weichan(7)!!
Fora florestais (8) e toda inversão capitalista do Wallmapu, que destroem nossa ñuke mapu(9)!!
Liberdade a todos os presos políticos Mapuche!
Liberdade aos presos subversivos, anarquistas e da Revolta!
-Cesar Millanao, penitenciária de Lebu.
-Orlando Saez, penitenciária de Lebu.
-Oscar Piquiman, penitenciárial de Lebu.
-Emilio Berkhoff, penitenciária-empresa ccp biobio, Concepción.
Amulepe taiñ Weichan(10)!!
Terça-feira, 28 de junho, 2022
Notas da Tradução:
(1)Irmãos e irmãs, típico trato entre mapuche. Os homens dizem peñi aos outros homens e lamien às mulheres, a palavra pu indica plural.
(2) Biodiversidade
(3) Guerreiros
(4) Instituição militarizada dxs carcereirxs no Chile
(5) Unidade Territorial Mapuche que pode abarcar uma ou mais comunidade
(6) Se refere a recuperação de território realizado por uma comunidade onde antes funcionaram assentamentos pertencentes a Corporação para a Reforma Agrária, antes do golpe de estado de Pinochet em 1973.
(7) Guerra, luta.
(8) forma que se referem no Chile às empresas que se dedicam ao plantio de Pinos e Eucaliptos, grandes responsáveis da usurpação do território mapuche
(9) Mãe Terra, ñuke = mãe, mapu = terra
(10) A luta continua!

via: http://buscandolakalle.wordpress.com

 

Sarapó vive! Hoy y Siempre!

Recibimos y difundimos

Sarapó vive! Hoy y Siempre!

Durante los dias 13, 14 y 15 de junio, el pueblo Ka’apor realizó un encuentro en la Tierra Indígena Alto Turiaçu em las Áreas de Protección Ywyyahurenda y Ararorenda em homenaje al grande guerrero Sarapó, asesinado el 14 de mayo por un vecino que le ofreció un pescado envenenado. Después de ser presionados por los Ka’apor, las “autoridades” finalmente exhumaron el cuerpo de Sarapó para la realización de análisis. Las comunidades Ka’apor están esperando los resultados que deben confirmar muerte por envenenamiento.

A un mes de la muerte de Sarapó, los guerreros y guerreras Ka’apor, acompañados por sus aliados caminaran en la selva realizando la “Marcha por el buen convivir en la Selva”, durante la cual reafirmaron su compromiso de defender la vida, que yace de los árboles, de los rios, de las piedras, y que al mismo tiempo son alvos de ataques por parte de empresas madereras y de minería que cercan su territorio.

No pocas fueron las tentativas de estas empresas, pero también del gobierno – que inevitablemente se alía a estas empresas de destrucción – por cooptar y comprar líderes, con viejas tácticas como la seducción a través de dinero, empleos y bienes diversos. Pero, los Ka’apor del Tuxa Ta Pame (Consejo de gestión Ka’apor) saben que las negociaciones com el inimigo solo traem desgracia y división. Frente a las mentiras y ataques del gobierno, los Ka’apor optan por los caminos de la autonomía y la autodefensa. A pesar de las constantes amenazas, de las criminalizaciones y de los asesinatos que su pueblo sufre, los Ka’apor se mantiene unidos, fuertes y determinados a proteger su territorio de las investidas del capitalismo colonial. Sarapó era el primero en mantenerse intransigente, hoy, sus compañeros y parientes llevan en el corazón, en el cuerpo y en el alma, su coraje.

El día 15 de junio, la marcha salió de la Área de Protección Ywyyahurenda dónde Sarapó vivía, y caminó hasta otra Área de Protección, Ararorenda, última a ser recuperada de los invasores por los Ka’apor. El camino fue un grande homenaje a Sarapó, de cantos a historias de lucha, la tierra vibró con los sentimientos de tristeza, rabia y venganza que habitan los corazones de quien perdió a un hermano. Llegando al local dónde fue plantado, como dicen los Ka’apor, cada uno de los caminantes sembró un poco de si, para que Sarapó se transforme en Selva, para que siga guiando y luchando al lado de sus parientes.

Los enemigos nos robaran un grande guerrero, y, honrando su memoria, los Ka’apor reafirman que no existe otro camino a no ser el de la lucha, de la autonomía y de la autodefensa.

Solo muere quien es olvidado. Sarapó vive, hoy y siempre!

Viva la lucha de los Ka’apor

Viva las florestas, muerte al fascismo y al capitalismo!

PYRÃ TÃ HA JOHU KATU!

Algunos aliados y aliadas de los Ka’apor

Sarapó vive! Hoje e sempre!

Recebemos e divulgamos

Sarapó vive! Hoje e sempre!

Nos dias 13, 14 e 15 de junho, o povo ka’apor realizou um encontro na Terra Indígena Alto Turiaçu nas Áreas de Proteção Ywyyahurenda e Ararorenda em homenagem ao grande guerreiro Sarapó, assassinado no dia 14 de maio por um vizinho que lhe ofereceu peixe envenenado. Após pressão de parte dos Ka’apor, o corpo de Sarapó foi exumado para realização de análises. As comunidades estão aguardando os resultados que devem confirmar a morte por envenenamento.

A um mês da morte de Sarapó, os guerreiros e guerreiras Ka’apor, acompanhados por seus aliados caminharam na floresta realizando a “Marcha pelo bem conviver na Floresta”, durante a qual reafirmam seu compromisso de defender a vida, que jaz das árvores, dos rios, das pedras, e que ao mesmo tempo são alvos de ataques por parte de empresas madeireiras e de mineração que cercam o seu território.

Não poucas foram as tentativas dessas empresas, mas também do governo – que inevitavelmente se alia a essas empresas de destruição – por cooptar e comprar lideranças, com velhas tácticas como a sedução através de dinheiro, empregos e bens diversos. Mas, os Ka’apor do Tuxa Ta Pame (Conselho de gestão Ka’apor) sabem que as negociações com o inimigo só trazem desgraça e divisão. Diante das mentiras, enrolações e ataques do governo, os Ka’apor optam pelos caminhos da autonomia e da autodefesa. Apesar das constantes ameaças, das criminalizações e dos assassinatos que seu povo sofre, os Ka’apor se mantêm unidos, fortes e determinados a proteger seu território das investidas do capitalismo colonial. Sarapó era o primeiro em se manter intransigente, hoje, seus companheiros e parentes levam no coração, no corpo e na alma, a sua coragem.

No dia 15 de junho, a marcha saiu da Área de Proteção Ywyyahurenda onde Sarapó morava, e caminhou até outra Área de Proteção, Ararorenda, última a ser recuperada dos invasores pelos Ka’apor. O caminho foi uma grande homenagem ao Sarapó, dos cantos às histórias de luta, o chão vibrou com os sentimentos de tristeza, raiva e vingança que habitam os corações de quem perdeu um irmão. Chegando no local onde foi plantado, como dizem os Ka’apor, cada um dos caminhantes semeou um pouco de si, para que Sarapó se torne floresta, para que siga guiando e lutando ao lado dos seus parentes.

Os inimigos tiraram dos Ka’apor e do mundo, um grande guerreiro, e, honrando sua memória, os Ka’apor reafirmam que não existe outro caminho a não ser o da luta, da autonomia e da autodefesa.

Só morre quem é esquecido, Sarapó vive, hoje e sempre!

Viva a luta dos Ka’apor

Floresta em pié, fascismo e capitalismo no chão!

PYRÃ TÃ HA JOHU KATU!

Alguns aliados e Aliadas dos Ka’apor

En Roraima, en la Tierra Indígena Raposa Serra do Sol, los pueblos indígenas hacen autodefensa y queman una balsa de minería ilegal.

El día 13 de junio, el Consejo Indígena de Roraima (CIR), difundió una nota reivindicando acciones de fiscalización autónoma de su territorio que está siendo atacado por la minería. Una balsa de minería ilegal fue quemada en la frontera con Venezuela. Saludamos la iniciativa y mandamos toda nuestra solidaridad y apoyo a los y las defensoras de la floresta.

 

 

A seguir la nota del CIR traducida al español:

Líderes indígenas de la Tierra Indígena Raposa Serra do Sol hacen vigilancia del territorio contra minería ilegal

En los últimos tres años, el gobierno Bolsonaro estimuló la minería ilegal, que aumentó y avanzó em las tierras indígenas, poniendo en riesgo la vida de centenas de pueblos indígenas em Brasil. Frente al desmonte y la omisión de las instituciones de fiscalización, los lideres se organizan para proteger los territorios por cuenta propria.

Una de las acciones de monitoreo fue realizada en la TI Raposa Serra do Sol, que resultó en la aprehensión de centenas de materiales de minería y destrucción de una balsa en el rio Maú, que estaba siendo utilizada para extraer minerales de la tierra indígena.

Los pueblos indígenas continuaran con las acciones y combate a la minería ilegal.

En el mes de abril de 2020, líderes indígenas también realizaron una acción y aprehendieron materiales de minería.

Indígenas de la Tierra Indígena Raposa do Sol (TIRSS)

Fuera Minería!

Más informaciones aqui

Em Roraima, na TI Raposa do Sol, os povos indígenas fazem autodefesa e queimam uma balsa de garimpo ilegal.

No dia 13 de junho, o Conselho Indígena de Roraima divulgou uma nota reivindicando ações de fiscalização autônoma do seu território que encontra-se atacado pelo garimpo. Foi queimada uma balsa de garimpo ilegal na fronteira com a Venezuela. Saudamos a iniciativa e toda nossa solidariedade e apoio aos e às defensoras da floresta!

Segue a nota do CIR:

Lideranças indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol fazem vigilância do território contra o garimpo ilegal

Nos últimos três anos, o governo Bolsonaro estimulou o garimpo ilegal, que aumentou e avançou nas terras indígenas, colocando em risco a vida de centenas de povos indígenas no Brasil. Diante do desmonte e da omissão dos órgãos de fiscalização, as lideranças se organizaram para proteger os territórios por conta própria.

Uma das ações de monitoramento foi realizado na TI Raposa Serra do Sol, que resultou na apreensão de centenas de materiais de garimpo e destruição de uma balsa no rio maú, que estava sendo utilizado para extrair minérios da terra indígena.

Os povos indígenas continuarão com as ações e combate ao garimpo ilegal.

No mês de abril de 2020 lideranças indígenas também realizaram uma ação e apreenderam materiais de garimpo.

Indígenas da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (TIRSS).

ForaGarimpo!

Mais informações aqui

Sobre el asesinato de Dom y Bruno

En una nota de la UNIJAVA (Unión Indígena do Vale del Javari) en respuesta a las declaraciones de la Policía Federal que intenta encubrir el caso afirmando que no hubo mandantes en el asesinato del periodista y del indigenista, esta destaca que envió muchas denuncias y informes a la PF que nunca se movilizó para proteger los pueblos indígenas, sus territorios y sus aliadxs.

Son muchos los indígenas que fallecieron en los últimos años en el corazón de la Amazonía frente a los avances de la minería, de los madereros y de una serie de agresiones contra la floresta y contra quien pertenece a ella y la defiende.

La muerte de Dom, probablemente por ser europeo, indignó al mundo, ojala esta indignación permanezca frente a los ataques cotidianos que los pueblos de la floresta están sufriendo en este país. El 15 de junio, el indígena Atikum, Edinaldo Manoel de Souza de Carnaubeira da Penha (PE). Hace un mes, fue el guerrero Sarapó Ka’apor que falleció de muerte súbita después de ser envenenado próximo a la Área de Protección dónde vivía, Paulo Paulinho Guajajara, guardián de la Floresta fue baleado en la espalda en noviembre de 2019, Zezico Rodrigues Guajajara también asesinado a tiros en marzo de 2020, defendía la floresta, Ari Uru-Eu-Wau-Wau, golpeado hasta la muerte en abril de 2019, formaba parte de un grupo auto-organizado de defensa de la floresta.

Por ellos y por todos los y las guerreras que luchan para que la floresta siga de pié, que luchan por la preservación de modos de vida conectados con la naturaleza, que luchan por un mundo dónde quepan muchos mundos, no podemos quedarnos callados!

Acontecerá en los próximos días varios actos en diversas ciudades del país en memoria de Bruno e Dom, y pidiendo “Justicia” para Dom e Bruno.

Vale la pena recordar que los indígenas del Vale del Javari también se manifestaron en Alta Mira. Importante también destacar que fueron los indígenas los que consiguieron encontrar los pertenecientes de Don y Bruno.

Sobre las manifestaciones:

Día 18/06 11h – MASP en São Paulo

Día 19/06 9h – Praça da República em Belém do Pará

Día 19/06 15h – no Gazômetro em Porto Alegre

Día 19/06 9h30 – no Eixão Norte em Brasília

Día 21/06 12h – na UFAM em Manaus

Día 23/06 – Protesto contra o Marco Temporal – 15h – Esquina democrática en Porto Alegre

Toda nuestra solidaridad a la familia y lxs amigxs de Don y Bruno y nuestro profundo apoyo a los indígenas del Vale del Javari!

Sobre o assassinato de Dom e Bruno

Divulgamos aqui a nota da UNIJAVA em resposta às declarações da PF que tenta abafar o caso afirmando que não houve mandantes no assassinato do repórter e do indigenista. A UNIJAVA destaca que enviou inúmeras denuncias e relatórios à PF que nunca se mobilizou para proteger os povos indígenas, seus territórios e seus aliadxs.

São muitos os indígenas que faleceram nos últimos anos no coração da Amazônia diante dos avanços da mineração, dos madeireiros, do garimpo e toda série de agressão contra a floresta e a quem a pertence e a defende.

A morte de Dom, provavelmente por ser europeu tem indignado o mundo, tomará que essa indignação permaneça diante dos ataques cotidianos que os povos da floresta vêm sofrendo neste país. No dia 15 de junho, o indígena Atikum, Edinaldo Manoel de Souza, de 61 anos, foi brutalmente assassinado por militares no quintal da sua casa no município de Carnaubeira da Penha (PE). Há um mês, foi o guerreiro Sarapó Ka’apor que faleceu de morte súbita após ser envenenado próximo à Área de Proteção onde morava, Paulo Paulinho Guajajara, guardião da Floresta foi morto com um tiro nas costas em novembro de 2019, Zezico Rodrigues Guajajara também assassinado a tiros em março de 2020, defendia a floresta, Ari Uru-Eu-Wau-Wau, espancado até a morte em abril de 2019, fazia parte de um grupo auto-organizado de defesa da floresta. Por eles e todos os e as guerreiras que lutam para que a floresta siga em pé, que lutam pela preservação de modos de vida conetados com a natureza, que lutam por um mundo onde caibam muitos mundos, não podemos ficar calados!

Acontecerá nos próximos dias vários atos em diversas cidade do país em memória de Bruno e Dom, e pedindo “Justiça” para Dom e Bruno.

Vale lembrar que os indígenas do Vale do Javari também se manifestaram em Alta Mira, além disso também importante é destacar que foram os indígenas os que conseguiram encontrar os pertencentes de Dom e Bruno.

Sobre as manifestações:

Dia 18/06 às 11h no MASP em São Paulo

Dia 19/06 às 9h na Praça da República em Belém do Pará

Dia 19/06 às 15h no Gazômetro em Porto Alegre

Dia 19/06 às 9h30 no Eixão Norte em Brasília

Dia 21/06 às 12h na UFAM em Manaus

Dia 23/06 Protesto contra o Marco Temporal às 15h na Esquina democrática em Porto Alegre

Toda nossa solidariedade à família e amigxs de Dom e Bruno e nosso profundo apoio aos indígenas do Vale do Javari!

 

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Segue a Nota integra da UNIJAVA

Em Nota à Imprensa, no dia 17 de junho de 2022, a Polícia Federal (PF) registrou que as buscas pela embarcação utilizada pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista Dominic Phillips no dia do desaparecimento (05/06/22) continuam com o auxílio dos indígenas da Equipe de Vigilância da UNIVAJA (EVU).

No entanto, a PF, através da “Operação Javari”, registrou que: “Informa, também, que as investigações prosseguem e há indicativos da participação de mais pessoas na prática criminosa. As investigações também apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito.”

Com esse posicionamento, a PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela UNIVAJA em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021, período de implementação da EVU. Tais documentos apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes à Terra Indígena Vale do Javari, do qual Pelado e Do Santo fazem parte. Esse grupo de caçadores e pescadores profissionais, envolvido no assassinato de Pereira e Phillips, foi descrito pela EVU em ofícios enviados ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal e à Fundação Nacional do Índio. Descrevemos nomes dos invasores, membros da organização criminosa, seus métodos de atuação, como entram e como saem da terra indígena, os ilícitos que levam, os tipos de embarcações que utilizam em suas atividades ilegais.

O requinte de crueldade utilizados na prática do crime evidenciam que Pereira e Phillips estavam no caminho de uma poderosa organização criminosa que tentou à todo custo ocultar seus rastros durante a investigação.

Esse contexto evidencia que não se trata apenas de dois executores, mas sim de um grupo organizado que planejou minimamente os detalhes desse crime. Exigimos a continuidade e o aprofundamento das investigações. Exigimos que a PF considere as informações qualificadas que já repassamos à eles em nossos ofícios. Só assim teremos a oportunidade de viver em paz novamente em nosso território, o Vale do Javari.

Wallmapu-(esp)Resistencia Mapuche Malleco incendia capilla catolica.

En el día de hoy, jueves, 16 de junio, cerca del medio-dia, el cura, paroco de la capilla catolica Santa Teresa en el sector de Selva Oscura, comuna de Victoria, región de la Araucanía, según el estado Chileno, comunicó que la misma fue incendiada, en un horario todavía no definido. Junto al edifício quemado fue dejado un lienzo exigiendo la Libertad de lxs presxs politicxs mapuche y firmando como Resistencia Mapuche Malleco, uno de los grupos armados que ha realizado la auto-defensa y el ataque y sabotaje a los simbolos y representantes de la colonización en territorio mapuche.

Fuente: Prensa del enemigo

Wallmapu- (port)Resistência Mapuche Malleco incendeia capela católica

No dia de hoje, quinta feira, 16 de junho, próximo ao meio dia, o padre, pároco da capela católica Santa Teresa, no setor de “Selva Oscura”, comuna de Victoria, região da Araucania segundo o estado chileno, comunicou que a mesma foi incendiada em um horário não definido ainda. Junto ao edifício queimado foi deixada uma faixa exigindo a liberdade dxs presxs políticxs mapuche e assinando como Resistência Mapuche Malleco, um dos grupos armados que tem realizado a auto-defesa e o ataque e sabotagem aos simbolos e representantes da colonização em território mapuche.

Fonte: Mídia do inimigo

(esp) NECESITAMOS SABER LA VERDAD SOBRE LA MUERTE DEL GRAN GUERRERO SARAPÓ KA’APOR

El 13 de mayo, murió Sarapó Ka’apor, integrante de los Tuxa Ta Pame, jefe de la autodefensa Ka’apor y el mayor estratega en la resistencia contra los agresores de la selva y el territorio ancestral del pueblo Ka’apor. Su muerte se produjo tras comer un pescado que le ofreció un vecino de la región. Sarapó fue la única persona que consumió este pescado en cantidad considerable, ya que los familiares con quienes compartía la comida encontraban extraño el sabor del pescado.

Debido a las diversas formas de agresión que ha sufrido la resistencia Ka’apor por parte de madereros y mineros, especialmente luego de intensificar sus esfuerzos de autodefensa, ha surgido la sospecha sobre las condiciones de la muerte de Sarapó. ¿Será por causas naturales o por los enemigos de Sarapó y de todo el pueblo Ka’apor que, al no poder silenciarlo de otra manera, recurrieron a torpes métodos?

Estas dudas aumentaron cuando, el día del entierro, personas no indígenas presentes en el lugar mostraron comportamientos sospechosos: risas, ironías, bromas y burlas entre ellos. Mientras tanto, los familiares y amigos de Sarapó cavaban su tumba, tristes y llorando.

Luego de lo sucedido, sujetos sospechosos también comenzaron a rondar la entrada de la aldea donde vivía Sarapó, (Área de Protección de ARARORENDA, municipio de Centro do Guilherme), Maranhão, como si estuvieran empoderados después de matar a un gran guerrero y estratega de la Resistencia Ka’apor.

Ante estas sospechas, la Sociedad Maranhense de Defensa de los Derechos Humanos (SMDH) sugirió al delegado de Santa Luzia do Paruá, municipio cercano, solicitar la exhumación del cadáver de Sarapó para conocer la verdadera causa de su muerte. Sin embargo, existe un retraso y desinterés por parte de las instituciones del Estado en resolver este caso. Hasta el momento han informado que no han podido contar con un sepulturero que permita a los peritos realizar el trabajo de los peritos mañana (06/11/2022). Después de todo, la autonomía de un pueblo indígena siempre va en contra de los intereses del estado colonial. Entonces, si queremos respuestas, necesitamos presión popular.

Conocer la verdad de lo sucedido es un derecho del pueblo Ka’apor, de todos los que estuvieron cerca del gran guerrero Sarapó y de todo aquel que apoya la causa de los pueblos indígenas. Por ello, exigimos al Estado que realice la exhumación del cadáver de Sarapó Ka’apor a la brevedad, para que no disminuyan las posibilidades de descubrir la causa de la muerte. También exigimos, si se prueba alguna causa no natural de muerte, la responsabilización de todos los involucrados.

¡El pueblo Ka’apor no está solo!

¡El pueblo Ka’apor no se callará!

¡El pueblo Ka’apor no permitirá que sigan matando a los suyos, ya sea por la fuerza bruta o por métodos indirectos!

¡El pueblo Ka’apor resiste y sigue luchando

MANIFESTACIÓN

 

Los días 13, 14 y 15, el pueblo Ka’apor, junto a solidarixs, realizará una manifestación en defensa de sus territorios, que han sido sistemáticamente invadidos por madereros y mineros. Elxs también han sido objeto de constantes agresiones, como la ocurrida el 13 de mayo, cuando el guerrero Sarapó Ka’apor murió sob sospecha de envenenamiento.

Los Ka’apor son un pueblo guerrero, ubicado en el Territorio del Alto Turiaçu, en Maranhão, que ejercen la autonomía en la práctica, defendiendo su territorio ancestral con sus propias fuerzas y cuerpos.

¡SARAPÓ VIVE!
¡TODA FUERZA Y SOLIDARIDAD AL PUEBLO KA’APOR!