MARCO TEMPORAL

 

Artes por Xilotrópico e Glajun21.

A Tese do Marco Temporal (Recurso Extraordinário – n.º 1.017.365), determina que as terras em processo de demarcação ou as futuras a serem recuperadas devem comprovar a ocupação no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal de 1988. Os povos Xokleng, Kaingang e Guarani da Terra Indígena Xokleng Laklaño, no Estado de Santa Catarina, são o foco deste processo. No entanto, ele foi considerado pela Suprema Corte em 2020 como caso de Repercussão Geral, ou seja, poderá afetar a todos os povos que habitam esta terra atualmente chamada Brasil. Tal tese ignora assim o esbulho histórico dos territórios dos povos originários assim como a violência colonial que estrutura a construção deste país. Ignora também que estes povos vivem aqui antes da formação de qualquer Estado e sistema judiciário, bem como dos limites territoriais associados a eles. Como bem reafirmam os povos originários em luta contra o marco temporal: “Nossa história não começa em 1988”.

A iminência de aprovação desta tese multiplicou nos últimos tempos as invasões a territórios indígenas, assassinatos, estupros assim como tentativas de cooptação de lideranças, especialmente por garimpeiros, empresas de mineração, grileiros de terras e representantes do agronegócio, interessados na madeira do desmatamento e na produção de commodities para exportação. Estes, por sua vez, estão representados no Congresso Nacional pelas bancadas ruralistas e evangêlicas, que tentam legitimar e legalizar suas ações de extermínio através dos Projetos de Lei: 490/2007, do Marco Temporal; 191/2020, da Mineração em Terras Indígenas; 2633/2020 e 510/2021, da grilagem de terras públicas.

Todo nosso apoio aos povos originários em luta!
Que a solidariedade atravesse muros e fronteiras!

La Tesis del Marco Temporal ( Recurso Extraordinario – RE nº 1.017.365) determina que las tierras en proceso de demarcación o las que pueden ser recuperadas en el futuro, deben comprobar ocupación desde por lo menos el 5 de octubre de 1988, fecha de la promulgación de la Constitución Federal de 1988. Los pueblos Xokleng, Kaingang y Guaraní de la Tierra Indígena Xokleng Laklaño, en el Estado de Santa Catarina, son el foco de este proceso. Sin embargo, fue considerado por la Corte Suprema en 2020 como un caso de Repercusión General, es decir, podría afectar a todos los pueblos que habitan esta tierra actualmente llamada Brasil. Esta tesis ignora así el despojo histórico de la territorios de los pueblos indígenas así como la violencia colonial que estructura la construcción de este país. También ignora que estos pueblos habitan aquí antes de la formación de cualquier Estado y sistema judicial, así como los límites territoriales asociados a ellos. Como bien reafirman los pueblos originarios en su lucha contra el Marco Temporal: “Nuestra historia no comienza en 1988”.

La inminencia de aprobación de esta tesis ha multiplicado en los últimos tiempos las invasiones de territorios indígenas, asesinatos, violaciones, así como intentos de cooptación de líderes, especialmente por parte de mineros, empresas mineras, usurpadores de tierras y representantes del agronegocio, interesados ​​en la madera proveniente de la deforestación y la producción de commodities para la exportación. Estos, a su vez, están representados en el Congreso Nacional por grupos ruralistas y evangélicos, que tratan de legitimar y legalizar sus acciones de exterminio a través de los Proyectos de Ley: 490/2007, del Marco Temporal; 191/2020, Minería en Tierras Indígenas; 2633/2020 y 510/2021, de acaparamiento público de tierras.

¡Todo nuestro apoyo a los pueblos originarios en lucha!
¡Que la solidaridad traspase muros y fronteras!