Category Archives: General

Comunicado de Início de Greve de Fome Indefinida

Reproduzimos a seguir, a oito dias de iniciada, comunicado de greve de fome líquida e indefinida por parte de três prisioneiros políticos mapuche. Fazemos um chamado à solidariedade sem fronteiras com quem luta pelo território dentro e fora dos muros das prisões.

Desde a prisão política em Wallmapu cumprimentamos ao nosso povo-nação Mapuche, a nossas autoridades tradicionais, pu peñi, pu lamien(1), ao povo chileno e aos distintos povos em luta contra o capital e a depredação do itrofilmongen(2)
Os presos políticos Mapuche, recluídos na penitenciária de Lebu, Cesar Millanao Millanao, Orlando Saez Ancalao, Óscar Pilquiman Pilquiman e o preso político Mapuche recluido na penitenciária-empresa CCP Biobio, de Concepción, Emilio Berkhoff Jerez, viemos comunicar o seguinte:
Desde o dia de hoje, terça-feira, 28 de junho do presente ano, começamos uma greve de fome líquida indefinida, cujos objetivos são:
A transferência imediata ao Centro de Estudo e Trabalho (CET) de Cañete, aos peñi César Millanao, Orlando Saez e Óscar Pilquiman, já que os três peñi contamos com o tempo e requisitos exigidos para esta transferência e a negação constante da Gendarmeria(4) obedece exclusivamente a uma política racista e contra-insurgente de parte do estado do chile, onde se busca castigar duplamente aos Weichafe(3) Mapuche com a prisão política e a impossibilidade de avançar na reinserção e retorno a nossos Lof. Da mesma forma denunciamos a atitude servil a essa política da psicóloga da penitenciária de Lebu, Roxana Jara, que com seus relatórios maliciosos foi a disculpa para impedir a transferência dos peñi recluídos em Lebu.
Igualmente exigimos a transferência imediata do preso político mapuche Emilio Berkhoff, desde a penitenciária-empresa CCP-Biobio de Concepción, para a penitenciária de Lebu, em conta de nossos direitos de estar mais perto de nossas famílias enquanto cumprimos as condenações impostas pelos tribunais a serviço das empresas florestais. Entretanto, Gendarmeria escudada em seus relatórios de inteligência, negou este direito ao peñi, começando assim uma política de dispersão dos PPM, ao distanciar-los ainda mais de sua família e Lof(5).
Tendo esgotado todos os procedimentos legais e frente a negação constante da Gendarmería, sua direção regional a cargo do coronel Pedro Ferrada, é que decidimos nos mobilizar, para conseguir que se respeitem nossos direitos consagrados, inclusive na própria legislação chilena e assim como peñi, podamos nos aproximar a nossos Lof e famílias.
Fazemos um chamado a nosso povo, aos Lof em resistência, aos peñi e lamien conscientes, ao povo chileno subversivo e consciente a apoiar-nos com todas as formas de luta e protesto em nossa mobilização e assim parar a política de repressão que se vive hoje nas prisões chilenas contra os Weichafe.
Uma saudação fraterna aos presos políticos Mapuche recluidos nas distintas prisões do Wallmapu, cumprimentamos à comunidade Wechun que iniciou a recuperação definitiva de 13 ex assentamentos cora Lleu-Lleu(6).
Nem inocentes, nem culpados, menos arrependidos no caminho do Weichan(7)!!
Fora florestais (8) e toda inversão capitalista do Wallmapu, que destroem nossa ñuke mapu(9)!!
Liberdade a todos os presos políticos Mapuche!
Liberdade aos presos subversivos, anarquistas e da Revolta!
-Cesar Millanao, penitenciária de Lebu.
-Orlando Saez, penitenciária de Lebu.
-Oscar Piquiman, penitenciárial de Lebu.
-Emilio Berkhoff, penitenciária-empresa ccp biobio, Concepción.
Amulepe taiñ Weichan(10)!!
Terça-feira, 28 de junho, 2022
Notas da Tradução:
(1)Irmãos e irmãs, típico trato entre mapuche. Os homens dizem peñi aos outros homens e lamien às mulheres, a palavra pu indica plural.
(2) Biodiversidade
(3) Guerreiros
(4) Instituição militarizada dxs carcereirxs no Chile
(5) Unidade Territorial Mapuche que pode abarcar uma ou mais comunidade
(6) Se refere a recuperação de território realizado por uma comunidade onde antes funcionaram assentamentos pertencentes a Corporação para a Reforma Agrária, antes do golpe de estado de Pinochet em 1973.
(7) Guerra, luta.
(8) forma que se referem no Chile às empresas que se dedicam ao plantio de Pinos e Eucaliptos, grandes responsáveis da usurpação do território mapuche
(9) Mãe Terra, ñuke = mãe, mapu = terra
(10) A luta continua!

via: http://buscandolakalle.wordpress.com

 

Sarapó vive! Hoy y Siempre!

Recibimos y difundimos

Sarapó vive! Hoy y Siempre!

Durante los dias 13, 14 y 15 de junio, el pueblo Ka’apor realizó un encuentro en la Tierra Indígena Alto Turiaçu em las Áreas de Protección Ywyyahurenda y Ararorenda em homenaje al grande guerrero Sarapó, asesinado el 14 de mayo por un vecino que le ofreció un pescado envenenado. Después de ser presionados por los Ka’apor, las “autoridades” finalmente exhumaron el cuerpo de Sarapó para la realización de análisis. Las comunidades Ka’apor están esperando los resultados que deben confirmar muerte por envenenamiento.

A un mes de la muerte de Sarapó, los guerreros y guerreras Ka’apor, acompañados por sus aliados caminaran en la selva realizando la “Marcha por el buen convivir en la Selva”, durante la cual reafirmaron su compromiso de defender la vida, que yace de los árboles, de los rios, de las piedras, y que al mismo tiempo son alvos de ataques por parte de empresas madereras y de minería que cercan su territorio.

No pocas fueron las tentativas de estas empresas, pero también del gobierno – que inevitablemente se alía a estas empresas de destrucción – por cooptar y comprar líderes, con viejas tácticas como la seducción a través de dinero, empleos y bienes diversos. Pero, los Ka’apor del Tuxa Ta Pame (Consejo de gestión Ka’apor) saben que las negociaciones com el inimigo solo traem desgracia y división. Frente a las mentiras y ataques del gobierno, los Ka’apor optan por los caminos de la autonomía y la autodefensa. A pesar de las constantes amenazas, de las criminalizaciones y de los asesinatos que su pueblo sufre, los Ka’apor se mantiene unidos, fuertes y determinados a proteger su territorio de las investidas del capitalismo colonial. Sarapó era el primero en mantenerse intransigente, hoy, sus compañeros y parientes llevan en el corazón, en el cuerpo y en el alma, su coraje.

El día 15 de junio, la marcha salió de la Área de Protección Ywyyahurenda dónde Sarapó vivía, y caminó hasta otra Área de Protección, Ararorenda, última a ser recuperada de los invasores por los Ka’apor. El camino fue un grande homenaje a Sarapó, de cantos a historias de lucha, la tierra vibró con los sentimientos de tristeza, rabia y venganza que habitan los corazones de quien perdió a un hermano. Llegando al local dónde fue plantado, como dicen los Ka’apor, cada uno de los caminantes sembró un poco de si, para que Sarapó se transforme en Selva, para que siga guiando y luchando al lado de sus parientes.

Los enemigos nos robaran un grande guerrero, y, honrando su memoria, los Ka’apor reafirman que no existe otro camino a no ser el de la lucha, de la autonomía y de la autodefensa.

Solo muere quien es olvidado. Sarapó vive, hoy y siempre!

Viva la lucha de los Ka’apor

Viva las florestas, muerte al fascismo y al capitalismo!

PYRÃ TÃ HA JOHU KATU!

Algunos aliados y aliadas de los Ka’apor

Sarapó vive! Hoje e sempre!

Recebemos e divulgamos

Sarapó vive! Hoje e sempre!

Nos dias 13, 14 e 15 de junho, o povo ka’apor realizou um encontro na Terra Indígena Alto Turiaçu nas Áreas de Proteção Ywyyahurenda e Ararorenda em homenagem ao grande guerreiro Sarapó, assassinado no dia 14 de maio por um vizinho que lhe ofereceu peixe envenenado. Após pressão de parte dos Ka’apor, o corpo de Sarapó foi exumado para realização de análises. As comunidades estão aguardando os resultados que devem confirmar a morte por envenenamento.

A um mês da morte de Sarapó, os guerreiros e guerreiras Ka’apor, acompanhados por seus aliados caminharam na floresta realizando a “Marcha pelo bem conviver na Floresta”, durante a qual reafirmam seu compromisso de defender a vida, que jaz das árvores, dos rios, das pedras, e que ao mesmo tempo são alvos de ataques por parte de empresas madeireiras e de mineração que cercam o seu território.

Não poucas foram as tentativas dessas empresas, mas também do governo – que inevitavelmente se alia a essas empresas de destruição – por cooptar e comprar lideranças, com velhas tácticas como a sedução através de dinheiro, empregos e bens diversos. Mas, os Ka’apor do Tuxa Ta Pame (Conselho de gestão Ka’apor) sabem que as negociações com o inimigo só trazem desgraça e divisão. Diante das mentiras, enrolações e ataques do governo, os Ka’apor optam pelos caminhos da autonomia e da autodefesa. Apesar das constantes ameaças, das criminalizações e dos assassinatos que seu povo sofre, os Ka’apor se mantêm unidos, fortes e determinados a proteger seu território das investidas do capitalismo colonial. Sarapó era o primeiro em se manter intransigente, hoje, seus companheiros e parentes levam no coração, no corpo e na alma, a sua coragem.

No dia 15 de junho, a marcha saiu da Área de Proteção Ywyyahurenda onde Sarapó morava, e caminhou até outra Área de Proteção, Ararorenda, última a ser recuperada dos invasores pelos Ka’apor. O caminho foi uma grande homenagem ao Sarapó, dos cantos às histórias de luta, o chão vibrou com os sentimentos de tristeza, raiva e vingança que habitam os corações de quem perdeu um irmão. Chegando no local onde foi plantado, como dizem os Ka’apor, cada um dos caminhantes semeou um pouco de si, para que Sarapó se torne floresta, para que siga guiando e lutando ao lado dos seus parentes.

Os inimigos tiraram dos Ka’apor e do mundo, um grande guerreiro, e, honrando sua memória, os Ka’apor reafirmam que não existe outro caminho a não ser o da luta, da autonomia e da autodefesa.

Só morre quem é esquecido, Sarapó vive, hoje e sempre!

Viva a luta dos Ka’apor

Floresta em pié, fascismo e capitalismo no chão!

PYRÃ TÃ HA JOHU KATU!

Alguns aliados e Aliadas dos Ka’apor

Sobre el asesinato de Dom y Bruno

En una nota de la UNIJAVA (Unión Indígena do Vale del Javari) en respuesta a las declaraciones de la Policía Federal que intenta encubrir el caso afirmando que no hubo mandantes en el asesinato del periodista y del indigenista, esta destaca que envió muchas denuncias y informes a la PF que nunca se movilizó para proteger los pueblos indígenas, sus territorios y sus aliadxs.

Son muchos los indígenas que fallecieron en los últimos años en el corazón de la Amazonía frente a los avances de la minería, de los madereros y de una serie de agresiones contra la floresta y contra quien pertenece a ella y la defiende.

La muerte de Dom, probablemente por ser europeo, indignó al mundo, ojala esta indignación permanezca frente a los ataques cotidianos que los pueblos de la floresta están sufriendo en este país. El 15 de junio, el indígena Atikum, Edinaldo Manoel de Souza de Carnaubeira da Penha (PE). Hace un mes, fue el guerrero Sarapó Ka’apor que falleció de muerte súbita después de ser envenenado próximo a la Área de Protección dónde vivía, Paulo Paulinho Guajajara, guardián de la Floresta fue baleado en la espalda en noviembre de 2019, Zezico Rodrigues Guajajara también asesinado a tiros en marzo de 2020, defendía la floresta, Ari Uru-Eu-Wau-Wau, golpeado hasta la muerte en abril de 2019, formaba parte de un grupo auto-organizado de defensa de la floresta.

Por ellos y por todos los y las guerreras que luchan para que la floresta siga de pié, que luchan por la preservación de modos de vida conectados con la naturaleza, que luchan por un mundo dónde quepan muchos mundos, no podemos quedarnos callados!

Acontecerá en los próximos días varios actos en diversas ciudades del país en memoria de Bruno e Dom, y pidiendo “Justicia” para Dom e Bruno.

Vale la pena recordar que los indígenas del Vale del Javari también se manifestaron en Alta Mira. Importante también destacar que fueron los indígenas los que consiguieron encontrar los pertenecientes de Don y Bruno.

Sobre las manifestaciones:

Día 18/06 11h – MASP en São Paulo

Día 19/06 9h – Praça da República em Belém do Pará

Día 19/06 15h – no Gazômetro em Porto Alegre

Día 19/06 9h30 – no Eixão Norte em Brasília

Día 21/06 12h – na UFAM em Manaus

Día 23/06 – Protesto contra o Marco Temporal – 15h – Esquina democrática en Porto Alegre

Toda nuestra solidaridad a la familia y lxs amigxs de Don y Bruno y nuestro profundo apoyo a los indígenas del Vale del Javari!

Wallmapu-(esp)Resistencia Mapuche Malleco incendia capilla catolica.

En el día de hoy, jueves, 16 de junio, cerca del medio-dia, el cura, paroco de la capilla catolica Santa Teresa en el sector de Selva Oscura, comuna de Victoria, región de la Araucanía, según el estado Chileno, comunicó que la misma fue incendiada, en un horario todavía no definido. Junto al edifício quemado fue dejado un lienzo exigiendo la Libertad de lxs presxs politicxs mapuche y firmando como Resistencia Mapuche Malleco, uno de los grupos armados que ha realizado la auto-defensa y el ataque y sabotaje a los simbolos y representantes de la colonización en territorio mapuche.

Fuente: Prensa del enemigo

Wallmapu- (port)Resistência Mapuche Malleco incendeia capela católica

No dia de hoje, quinta feira, 16 de junho, próximo ao meio dia, o padre, pároco da capela católica Santa Teresa, no setor de “Selva Oscura”, comuna de Victoria, região da Araucania segundo o estado chileno, comunicou que a mesma foi incendiada em um horário não definido ainda. Junto ao edifício queimado foi deixada uma faixa exigindo a liberdade dxs presxs políticxs mapuche e assinando como Resistência Mapuche Malleco, um dos grupos armados que tem realizado a auto-defesa e o ataque e sabotagem aos simbolos e representantes da colonização em território mapuche.

Fonte: Mídia do inimigo

Comunicado de los prisioneros políticos Mapuche de la carcel de Angol a raiz del asesinato de Eloy Alarcón Manquepan

Los 25 prisioneros políticos Mapuche de la cárcel de Angol declaramos lo siguiente:

Lamentamos y condenamos firmemente el asesinato de nuestro peñi Eloy Alarcón Manquepan, asesinado por la avaricia que provoca el dinero en la mente de los winkas y yanakonas que jamás podrán entender lo que es SER MAPUCHE y la conexión con nuestra Ñuke Mapu.

Como prisioneros políticos de dicha cárcel nos unimos al dolor de la familia y el Lof en estos momentos tan dificiles, además de hacer extensivas nuestras más sinceras palabras de condolencia y deseos de fortaleza a su Reñma, wenuy y a todo el movimiento revolucionario que reinvindican la recuperación territorial Mapuche-Huilliche.

Hacemos un llamado a mantenernos en la unión y la reconstrucción de nuestro Rakiduam ngülam que dejaron nuestros Takeche.

¡ Justicia para todos nuestros peñi asesinados!
¡ Jamás verán al pueblo Mapuche de rodillas!

Prisioneros Políticos Mapuche.

Cárcel de Angol, 7 de junio de 2022.

Comunicado dos prisioneiros políticos Mapuche da prisão de Angol pelo assassinato de Eloy Alarcón Manquepan

Os 25 presos políticos Mapuche da prisão de Angol declaramos o seguinte:

Lamentamos e condenamos firmemente o assassinato de nosso peñi(1) Eloy Alarcón Manquepan, assassinado pela avareza que provoca o dinheiro na mente dos winkas(2) e yanakonas(3) que jamais poderão entender o que é SER MAPUCHE e a conexão com nossa Ñuke Mapu(4).

Como prisioneiros políticos de dita prisão nos unimos à dor da família e do Lof(5) nesses momentos tão difíceis, além de extender nossas mais sinceras palavras de condolência e desejos de fortaleza a sua Reñma(6), wenuy(7) e a todo o movimento revolucionario que reivindicam a recuperação territorial Mapuche-Huilliche.

Fazemos um chamado a manter-nos na união e na reconstrução de nosso Rakiduam ngülam que deixaram nosso Takeche.

Justiça para nossos peñi assassinados!
Jamais verão o povo mapuche de joelhos!

Prisioneiros Políticos Mapuche.

Prisão de Angol, 7 de junho de 2022.
(1) Irmão, forma que se tratam entre mapuche. Quando um homem se refere a outro homem usa peñi e a uma mulher lamgen(pronuncia-se lamien), as mulheres usam lamgen para ambos.
(2)Brancos
(3)Pessoas de origem sanguinea mapuche mas que são servis aos interesses dos brancos
(4) Mãe Terra, Ñuke(pronuncia-se Inhuque)=mãe, Mapu=Terra
(5)Unidade territorial mapuche que pode abarcar uma ou mais comunidades, nesse caso se refere à comunidade de Eloy.
(6)Família
(7)Amigos